Boi Zé, nômades. Esses dias enfrentei uma mudança deliciosa, subi dois andares com uma geladeira nas costas e vários etceteras. É isso que dá gastar apenas uma onça nesse tipo de empreitada. Fui pr'um lugar menos bukowiskiano - aqui nesse novo loft a engenharia é nipônica, dezenas de apertamentos, antes o meu prédio era só eu e a vizinha. Pra mim tá bom, luzes da ribalta - diria Chaplin, quem sentiu mais foi o Benny, pois ficou sem a varanda de onde ele podia repudiar(latindo) as atividades noturnas dos vagabundos narcólatras que outrora brandiam seus engenhosos & reluzentes cachimbos feitos com pedaço de antena & tampinha de pet, tecnologia da cracolândia. Pessoas adoráveis, um deles eu mesmo expulsei, estava morando num chevette abandonado logo em frente ao meu prédio, foi numa tarde deserta que um acidente proposital fez a lata velha arder em labaredas, me senti Jeová aniquilando a Babilônia. Antes disso presenciei uma cópula em que participava uma das três mendigas loucas(de sífilis) e taradas das redondezas, consoladas naquele bólido que deveria ser objeto da cobrança de IPTU. Um contraste adorável, 300m adiante há um edifício no qual Edson Pelé possui uma cobertura avaliada em Cr$ 2 milhões, quase esquina com o prédio onde moravam os transexuais mortos do 2º epsódio de CSI - Boca do Lixo.
-quando peguei as chaves desse apertamento havia essa escultura na sala.
Até aí é suportável, já fiquei 15 dias escondido em JADERLÂNDIA(Pará) bebendo água de poço com cheiro de carniça/peido black-feijônico comprimido; cinco desses dias passei tomando o caldo de duas asas, dois pés e um pescoço de galinha temperados com sal & urucum. Sorte que já sabia as manhas AMAZÔNIDAS: desferindo um rolé mais ousado por aquela sub-perifa eu pude colher alguns jambos, ingás, mangas, taperebás e outros quitutes que a mãe natureza oferece pra quem tem disposição & larica. Num dos fins de semana o dono do barraco de madeirite, que era brother, trouxe uma folclórica mucura pra gente assar. Ainda me deu fumo-de-rolo pra quebrar a ansiedade de quem tinha destruído o rosto de um oficial paisano da PEÊME local numa confusão ambientada no seminal technobrega, fim do século vinte. Os carapanãs sentem saudades de mi sangre, não há reciprocidade alguma nisso. Hoje eu tenho até blog, coisa de pleibói nutrido com frango cheio de hormônio. Diferente de sagüi, que ao ser preparado deve ser MORTO A TAPAS e empalado com couro e tudo para assar numa fogueira. Os pêlos e o couro formam uma casquinha crocante, quase à milanesa. Recomendo conhaque de alcatrão para acompanhar.
Agora preciso dormir.
Post-Scriptum: Bem, posteriormente postarei como foi a minha fuga espetacular disso, não poderia ser convencional. Adianto que foram 4 dias num caminhão, 3000 km de experiências KEROUAKIANAS TERCEIRO-MUNDISTAS. Ou não, continuo versando sobre a minha vizinhança escrota ou gastronomia indie, não necessariamente nessa ordem.
E é.
-quando peguei as chaves desse apertamento havia essa escultura na sala.
Até aí é suportável, já fiquei 15 dias escondido em JADERLÂNDIA(Pará) bebendo água de poço com cheiro de carniça/peido black-feijônico comprimido; cinco desses dias passei tomando o caldo de duas asas, dois pés e um pescoço de galinha temperados com sal & urucum. Sorte que já sabia as manhas AMAZÔNIDAS: desferindo um rolé mais ousado por aquela sub-perifa eu pude colher alguns jambos, ingás, mangas, taperebás e outros quitutes que a mãe natureza oferece pra quem tem disposição & larica. Num dos fins de semana o dono do barraco de madeirite, que era brother, trouxe uma folclórica mucura pra gente assar. Ainda me deu fumo-de-rolo pra quebrar a ansiedade de quem tinha destruído o rosto de um oficial paisano da PEÊME local numa confusão ambientada no seminal technobrega, fim do século vinte. Os carapanãs sentem saudades de mi sangre, não há reciprocidade alguma nisso. Hoje eu tenho até blog, coisa de pleibói nutrido com frango cheio de hormônio. Diferente de sagüi, que ao ser preparado deve ser MORTO A TAPAS e empalado com couro e tudo para assar numa fogueira. Os pêlos e o couro formam uma casquinha crocante, quase à milanesa. Recomendo conhaque de alcatrão para acompanhar.
Agora preciso dormir.
Post-Scriptum: Bem, posteriormente postarei como foi a minha fuga espetacular disso, não poderia ser convencional. Adianto que foram 4 dias num caminhão, 3000 km de experiências KEROUAKIANAS TERCEIRO-MUNDISTAS. Ou não, continuo versando sobre a minha vizinhança escrota ou gastronomia indie, não necessariamente nessa ordem.
E é.