domingo, 12 de abril de 2009

Floripa gang bang com bukakke (parte 1)




Texto enviado por Zebedeu


Tudo começou, para variar, no City Bar, o sujinho mais querido e mais famoso de Campinas. Uma semana antes do carnaval de 2002, eu, Sansão e Aguinaldo Jones (ou Indie, para os íntimos), um chegado que trabalha com turismo, trocávamos umas ideias e umas cervas nas mesinhas amarelas, sob a brisa fresca do entardecer do Cambuí. O apelido "Jones" que acompanha o nome de Aguinaldo vem do chapéu de feltro que ele usa, que lembra o Indiana Jones, e pelo fato dele fazer grupos de turismo ecológico.

[Aguinaldo] – Pra onde vocês vão nesse feriado? Querem ir pra Floripa? Tô fechando um grupo.

[Sansão, animadinho] – Beleza, velho, é pra já, cara. Tô nessa.

Eu também topei. A verdade é que todo mundo topa entrar em um grupo de turismo do Aguinaldo. O esquema é modesto e baratinho, mas decente. E o principal: sempre tem mulher vazando pelo ladrão - e desacompanhada. A esposa dele faz farmácia na PUC e as amiguinhas sempre vão.

[Aguinaldo, com carinha de contrariado] – Só não quero levar o Bola. Pelo amor de Deus, o Bola, nem fodendo!

- Por que?

- Meu, você nem imagina o que aquele cara apronta. Bicho, ele é meio pirado, meio tarado, sei lá. Na Oktoberfest do ano passado ele foi comigo e me arrumou uma puta confusão que pintou até polícia na pousada.

[Sansão, rindo] - Nossa, o que rolou?

- Ele deu em cima de uma das filhas do seu Barzani, o italiano dono da pousada de Canasvieirias, em Floripa. Putz, cara, não quero nem lembrar. Justo o seu Barzani, um velho invocado pra cacete, durão, que não exita em sair no braço com ninguém. Caralho, cara, demorou pra recuperar a moral. Este ano eu tô voltando lá com mais um grupo, mas o Bola, nem fodendo.

- Aliás, porque "Bola" se ele não é gordo?

- É que ele era gordo quando era menino. Agora ele cresceu, mas o apelido ficou.

- Ah, tá.

Eu quis mais explicações:

- Mas vem cá, apenas por dar em cima da garota? Porra, isso é normal. Esquisito seria ele NÃO dar em cima.

- O problema não foi ele dar em cima ou não. O cara é babaca. Pirado. Meio doido. O problema foi o método, sacou?

- Não.

- O que você acha de um cara que convida a garota, sem conhecer, para ver as revistinhas pornôs BDSM gang bang dele?

- Hmmmm. Isso é mal bragaralho.

- E o que você acha de um cara que fica lambendo o picolé de um jeito meio tarado, ajeitando a mala na sunga e olhando para a garota na praia?

- É. Esquisito. E, porra, o cara usa sunga?

- Sunguíssima. Branquelo, barrigudinho e de sunga. Pode? E finalmente o que acabou de vez com a paciência do Seu Barzani: o que você acha de um cara que, à noite, quando a garota passa no pátio da pousada, ele abre a porta do chalé e fica se exibindo pelado?

- Hmmm...muito mal.

[Sansão] - Completamente sem noção.

Porra, até o Sansão concordava.

[Indie] - Então é isso. Bola em grupo meu, nunca mais. Never more.

Caímos na gargalhada e eu completei o papo:

- Mas deixa o Bola pra lá.

[Sansão] - Vamos pra Floripa, então?

[Eu] - Floripintão?

- Não, imbecil, Floripa ENTÃO.

- Ah. Bora nessa parada.

E nós três começamos a bater na mesa:

- FLORIPA, FLORIPA, FLORIPA, FLORIPA...

Senti a presença de alguém atrás de mim:

- Ôba, aê, simpatia, Floripa? Também vou!

Era o Bola, que tinha ouvido apenas o fim da conversa.

Continua...