terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Último Tiro de Casimiro

Então terminava mais uma semana, a renda do estacionamento foi GORHDA. Lavar o carro de cinco doutores fez o tutú fluir suave. Casimiro já esteve no topo, foi cobrador da Viação Marduk, mas por fraude na roleta ganhou carimbo de JUSTA CAUSA na carteira, que ao meu ver é tão ruim quanto ser preso. O FLANELISMO no estacionamento do Setor Bancário Norte lhe proporcionava o marmitex, o derby vermelho, um poquinho de thinner e eventualmente meia latinha de merla, pra dar aquela nóia gostosa. Assim os dias passavam amortecidos pelo torpor noturno.


-Binary Smile

Casimiro pegou a pacoteira, Ncz$ 84,75, e proclamou "Hoje não tem puta pobre!", grito de guerra da massa sub-empregada. Antes foi ao Supermercado Bembom e comprou uma garrafa de Brasilberg: o mais nobre petisco pra melar a bigodeira, que cobre o sorriso BINÁRIO(01001010), adquirido numa paulada desferida por um CALÉGA morador de rua. Dizem que foi por causa de um papelão de caixa de geladeira, cobiçado no métier da mendigagem. Decidiu que iria num lugar fino, o Cassiânus.

Durante a caminhada de uma légua(uns 7km) matou a garrafa de Brasilberg. Chegando ao Cassiânus o ambiente estava festivo, rolando sucessos de Roberto Villar, seu artista favorito. Dirigiu-se ao balcão e pediu uma dose de Brasilberg. A Marquesa de Rabicó atendeu: "dois real no copo de prástico, mas pra beber longe daqui, tu tá fedeno muito". E assim foi andando de copo na mão, aproveitou pra dar aquela SERROTADA nos clientes. Cismou com um cara solitário bebendo Caracu®, que distraidamente escrevia num bloquinho enquanto ouvia mp9 no último volume.

-Ei, galego, dá um cigarro aê.
-...
-Me arrumar um irmão desses?
-Hein?


O rapaz, que pelo jeito deveria ser um blogueiro perdedor tentando ser escritor maldito, fez cara feia pra Casimiro, que em contrapartida estendeu-lhe a mão abrindo o sorriso binário marôto, os pés-de-galinha preenchidos com CERÔTO que lembravam até tattoos faciais. O rapaz desprezou o cumprimento, deu um gole na Caracú® e disse:


-Tattoo de pé-de-galinha com CERÔTO, a nova sensação jovial !!

-Vaza, seu fedorento !!
-Oxifí, me respeita !!
-Primeiro respeite meu olfato, rala peito já !!


Casimiro, que depois de algumas doses não engole desaforo, pegou o maço de Marlburro® e deu com a sola do pé no peito do rapaz, que caiu pra trás batendo na churrasqueira, derramando a brasa e as asas de galinha. O blogueiro não se feriu muito, a não ser por um olho inutilizado pelas brasas. O rapaz ainda espraguejou "Satanás te cuida !!" com gesto de mão-de-fogo. Diante da bagunça, Casimiro acionou o MÓDULO PINOTE em direção à Invasão do CEUB, onde sua catinga não seria hostil para com os outros que ali viviam. Ninguém tomou as dores, o blogueiro não era muito querido ali, todos o achavam antipático; Cassiânus ainda cobrou pelo prejuízo do carvão e dos espetos de sobrecú galináceo inutilizados. Na Invasão do CEUB, também chamada de Cerrado, Casimiro ainda poderia comprar meia latinha de merla, pra dar aquela travada responsa, rebater com Brasilberg.

Chegando ao Cerrado foi direto na barraca de Leroy Merlin comprar meia lata de merla. Assim que adquiriu seu NARCO-QUITUTE, bateu aquela vontade de cagar incontrolável. Os usuários de merla tem esses problemas de incontinência intestinal, fica aqui documentado. Logo agachou-se na primeira moita, defecou TODDYNHO STYLE, quase virando as entranhas pulsantes pelo avesso. Sem remorso com o blogueiro chamuscado, resolveu confeccionar seu cigarro ilegal ali mesmo, cagando. O guardanapo do boteco serviu de "seda", abriu a latinha e misturou um punhadinho daquela massa branca com o tabaco de um cigarro desmanchado. Catou no bolso os fósforos Guarani® e começou a tacar fogo ali na bagaceira, enquanto de seu ânus brotavam os últimos nacos daquele fétido creme amarelado, deplorável até pra ser COCÔ.

A luz da lua mal brilhava naquele matagal, foi quando sentiu uma picada na bunda: uma cascavel-de-abadá protegia o ninho, inoculando grande quantidade de veneno. Casimiro deu um grito de dor lancinante, e caiu deitado por cima da própria bosta, paralisado, com o baseado de merla na mão. Mesmo assim ele ainda conseguiu dar uns tragos, para em seguida levar mais três picadas da serpente. A agonia durou duas horas, até a morte espumar pela boca do pobre-diabo.

*Lição de hoje: Mexer com blogueiro dá um azar demoníaco.

E é.