sexta-feira, 19 de julho de 2013

CRÍTICA BIGOTRON - Homem de Aço


Assisti ontem o filme Homem de Ferro Aço, a nova tentativa da Warner de emplacar o Super-Homem (Superman é o caralho!) nos cinemas depois do fiasco de Superman Returns

Pela primeira vez nesse blog eu postarei uma crítica sem spoilers. Portanto, podem ler esse texto sem medo, OK?

Em Homem de Aço a Warner resolveu recontar do zero a origem do herói e ignorou, graças a DEUS, todos os filmes anteriores. Esse é um NOVO Super-Homem: menos bobão, menos escoteiro, mais porradeiro, mais marombado (ui!) e sem a maldita cueca por cima das calças, o que é um alívio. É um Super-Homem pé no chão em um mundo dark e mais realista, digamos assim.

O filme começa bem, mostrando como é o mundo natal do Super, Krypton, e os problemas que estão ocorrendo no núcleo do planeta (que, como você já deve saber, vai explodir). Vemos também uma rebelião comandada pelo General Zod, que joga a culpa de todas as desgraças do planeta no conselho de velhacos que lideram o povo kryptoniano. Não demora muito para vermos Zod ser derrotado e banido para a Zona Fantasma juntamente com seus asseclas; Krypton explode e Kal-El, o Super-Homem, é salvo da morte pelos seus pais sendo enviado para a Terra em um foguete (coisa que está todo mundo careca de saber...).

General Zod e seu cabelinho de imperador romano

Já na Terra vemos vários flashbacks mostrando como o Super sofre para ser um "humano", como ele tem que se conter para não demonstrar seus poderes (provenientes de nosso sol amarelo) e o tormento que ele sofre em não saber se deve usar suas habilidades para salvar as pessoas, pois corre o risco de ser descoberto e causar pânico na população. Pois é: Esqueçam aquela inocência dos filmes antigos, onde as pessoas veem um cara de colante azul e capa vermelha voando nos céus e perguntam "É um pássaro? É um avião? Não, é um PAU NO SEU CU!". Nesse filme eles levaram a sério a idéia do que aconteceria se a humanidade soubesse da existência de uma alienígena ultra-poderoso vivendo entre nós e todos os problemas que poderiam surgir a partir disso aí. Sem dúvida nenhuma essa é a melhor sacada desse novo filme, apesar deles terem pegado leve em alguns pontos.

Bom, até a metade do filme as coisas fluem muito bem, daí vemos o General Zod chegar a Terra com a brilhante ideia de transformar nosso belo planeta em uma nova Krypton...e o caldo desanda. A partir daí o filme se resume a duas coisas: porrada e destruição

 Faora, a capanga DILIÇA de Zod

Nas primeiras cenas de pancadaria entre Zod e seus capangas contra o Super o troço até empolga. Os caras simplesmente destroem TUDO pelo caminho! Aquelas pancadarias colossais que eu via nas histórias em quadrinhos, em que cidades inteiras eram destruídas durante uma batalha de super-heróis, só agora eu tive chance de ver nas telonas em escala tão brutal. Imagine alienígenas ultra-mega-hiper-power-blaster-combo-super-poderosos se esmurrando no meio de um cidade, destruindo prédios, carros, trens, explodindo postos de gasolina...e ainda saindo ilesos de tudo. Pois é, é isso que vocês vão ver. Mas isso começa a torrar a paciência depois de uns 15 minutos, ainda mais com aquela irritante trilha sonora de vuvuzela do Hans Zimmer, que seria capaz de arrancar sangue do ouvido de um surdo. A trilha é absurdamente alta e está presente em todos os momentos do filme! PUTA QUE O PARIU!

As cenas de pancadaria, aliás, estão gerando discussões fervorosas pela internet, pois a impressão que se passa é que o Super-Homem está cagando e andando com a destruição que ele causa ao redor durante as porradarias com os malvados de Krypton. Com raras exceções, o Super parece mesmo não se preocupar com os inocentes que parecem estar morrendo com os prédios desabando ou carros explodindo. Para piorar ainda temos o polêmico final, que deixou muitos fãs com o cabelo em pé. Se tiverem curiosidade de saber o que acontece no final, cliquem no link abaixo (é óbvio que contém spoiler, depois não reclame!):


Como as cenas de pancadaria são incessantes (e cansativas), não há aquele momento de clímax no filme. Aliás, até tem, mas ele não tem o menor impacto, pois nosso cérebro já está completamente anestesiado após tanta porrada e destruição. O final poderia ser diferente? Eu acredito que sim. E, na boa, aquele Super-Homem não tem a personalidade do Super que eu conheço...mas vai que essa geração Transformers prefere assim? Enfim, sei lá. 

Só sei que se a duração das pancadarias fosse menor e essas cenas fossem mais espaçadas elas trariam mais emoção e deixariam o final do filme menos sacal. Outra coisa que me preocupou: as cenas de ação foram tão exageradas e destrutivas que fica difícil saber que vilão eles irão escolher para a sequência, já que Hollywood adora superar o filme anterior em explosões e cenas de ação. Seria o Darkseid? O Chuck Norris? Capitão Nascimento? Deus? Difícil responder essa...

Para fechar, mais uma fotinha da totosa da Antje Traue, a atriz alemã que interpreta a Faora e que é um bom estímulo para ver esse filme.


Diliça!!!


* NOTA DO FILME: 2 Bigodes (de 5)


P.S 1: Durante a cena de banimento do General Zod e seus capangas para a Zona Fantasma, todos eles são presos em casulos que se parecem com picas de borracha negras. Foi de propósito ou sem querer, hein? Vejam aí o que a galera tem achado:


P.S 2: Existem dois detalhes nerds muito sutis que mostram que outros personagens existem no universo do Super-Homem. Um deles seria o clássico vilão Lex Luthor. O outro seria... o BATMAN! Em uma cena rápida aparece o logo da Lex Corp. (a empresa do Lex Luthor nas HQs) em um caminhão tanque e, em outra, aparece o logo "Wayne" em um satélite.  Tudo indica que eles irão mostrar o Lex Luthor como um empresário milionário maligno nas sequências, versão essa que não tem NADA a ver com aquele bandido mequetrefe e trapalhão dos filmes antigos. Já o Batman ainda é um mistério como ele será mostrado e que ator irá encarnar o papel. Resta saber se a Warner/DC vai vencer sua incompetência e conseguir fazer mesmo o filme da Liga da Justiça!